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 FACT CHECKING  

Metodologia

 

Segundo o FIRST DRAFT (2017), a área de atuação ao longo da notícia foi debunking (desmitificação), pois foram analisados conteúdos realizados pelas redes sociais.

A metodologia utilizada para confirmar a veracidade das três publicações analisadas baseou-se em critérios de pesquisa confiáveis. Primeiramente, identificou-se as três afirmações em questão, cada uma apresentando uma explicação diferente sobre o tema: uma verdadeira, outra falsa e uma que contém elementos de verdade, mas não está completamente correta. Em seguida, realizou-se uma análise detalhada de cada uma delas.

Perante a afirmação verdadeira, efetuou-se uma pesquisa de fontes confiáveis, como documentos oficiais, estudos acadêmicos e dados verificados por instituições reconhecidas, a fim de comprovar a informação apresentada. A veracidade foi confirmada com base na convergência de múltiplas evidências.

Já a afirmação falsa foi analisada a partir da mesma lógica investigativa. Consultou-se fontes primárias e secundárias para identificar ausência de dados ou uso distorcido de informações. Demonstrou-se, então, as falhas com explicações detalhadas e referências verificáveis, destacando os motivos pelos quais a publicação é incorreta.

Por fim, para a afirmação considerada quase certa, analisou-se os elementos que a compõem, distinguindo o que é comprovado do que é especulativo. A análise apontou que, embora contenha informações corretas, em parte, apresenta omissões que podem levar a interpretações equivocadas.

Em todas as etapas, deu-se prioridade à consulta a fontes diferentes e confiáveis, garantindo uma abordagem imparcial e baseada em evidências. Além disso, apresentou-se as informações de maneira clara, destacando a classificação de cada publicação (verdadeira, falsa e quase certa). 

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Título: “O Cancro Oral não é Contagioso?”

 

Uma publicação recente no Instagram da Liga Portuguesa Contra o Cancro afirma: “O cancro oral não é contagioso, mas a falta de informação pode ser perigosa.” Este mito, frequentemente disseminado nas redes sociais, tem gerado confusão e até atrasos no diagnóstico precoce. Será que esta afirmação reflete a realidade?   

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A desinformação sobre o cancro oral é uma questão crescente, alimentada pela rápida circulação de mitos nas redes sociais. A afirmação acima, publicada pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, é uma tentativa de corrigir essas perceções erradas e educar a população. 

 

De acordo com especialistas da área da oncologia e odontologia, o cancro oral é causado por fatores como o consumo de tabaco, álcool em excesso e infeções por HPV. Apesar de o HPV ser transmitido por contato íntimo, a progressão para um quadro de cancro é influenciada por diversos fatores e não ocorre através de contágio direto como em doenças infeciosas.  

 

O Journal of Oral Pathology & Medicine, reforça que a disseminação de mitos como este pode ter consequências graves. Em vez de procurarem diagnóstico precoce, muitas pessoas hesitam em expor sintomas, com receio de serem "isoladas" pela ideia errada de contagiosidade.  

 

Com base nas evidências científicas, a afirmação de que o cancro oral não é contagioso é VERDADEIRA. Mas, tem que ser em atenção o HPV e alguns tipos de cancro oral destaca a importância de práticas preventivas, como a vacinação e exames regulares.  

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Título: “Próteses Dentárias Podem Causar Cancro Oral?”

 

Nas redes sociais, “ojornal.dentistry”, afirma-se que o uso prolongado de próteses dentárias pode levar ao desenvolvimento de cancro oral. Embora a ideia seja comum, especialistas alertam que não é a prótese que causa a doença, mas fatores como má higiene e irritações prolongadas que podem aumentar o risco.

 

 

 

 

 

 

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De acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS), próteses dentárias mal ajustadas podem causar irritações crônicas na mucosa oral. Essas irritações, quando persistentes e não tratadas, podem predispor ao desenvolvimento de lesões pré-cancerígenas. No entanto, o risco não está associado ao uso das próteses em si, mas à falta de cuidados adequados.

 

Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) reforça que a má higiene oral em utilizadores de próteses é outro fator de preocupação. Resíduos acumulados podem levar a infeções e inflamações, que, em casos raros, podem contribuir para o surgimento de condições pré-malignas. Já estudos da International Agency for Research on Cancer, mostram que o tabaco e o álcool são fatores de risco significativamente mais impactantes na etiologia do cancro oral do que o uso de próteses.

 

A ideia de que próteses dentárias, isoladamente, causam cancro oral é FALSA. Evidências científicas apontam que o risco está relacionado a fatores secundários, como higiene inadequada ou lesões prolongadas não tratadas. Consultas regulares ao dentista para ajustes e limpeza são essenciais para prevenir esses problemas.

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Título: É verdade que o consumo de álcool e tabaco são as principais causas do cancro oral?

 

Uma publicação compartilhada no Instagram do perfil “Saúde em Foco” atribui o cancro oral, ao consumo de álcool e tabaco. Mas será que isso é verdade? Investigámos as evidências científicas e especialistas para verificar a veracidade desta afirmação.

Recentemente, uma publicação no Instagram do perfil "Saúde em Foco" afirmou: "90% dos

casos de cancro oral estão ligados ao consumo de álcool e tabaco. Se evita esses hábitos,

está quase imune." A publicação viralizou rapidamente, questionando sobre a relação exata

entre esses fatores de risco e o desenvolvimento de cancro oral.

Recentemente, uma publicação no Instagram do perfil "Saúde em Foco" afirmou: "90% dos

casos de cancro oral estão ligados ao consumo de álcool e tabaco. Se evita esses hábitos,

está quase imune." A publicação viralizou rapidamente, questionando sobre a relação exata

entre esses fatores de risco e o desenvolvimento de cancro oral.

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Recentemente, uma publicação no Instagram do perfil "Saúde em Foco" afirmou: "90% dos

casos de cancro oral estão ligados ao consumo de álcool e tabaco. Se evita esses hábitos,

está quase imune." A publicação viralizou rapidamente, questionando sobre a relação exata

entre esses fatores de risco e o desenvolvimento de cancro oral.

 

Especialistas confirmam que o consumo de álcool e tabaco são, de facto, os principais fatores de risco para o desenvolvimento do cancro oral. Dados do Global Câncer Observatory indicam que cerca de 90% dos casos estão relacionados a hábitos como fumar ou beber em excesso. O tabaco contém substâncias cancerígenas que podem causar mutações nas células da boca, enquanto o álcool atua como um irritante que facilita a entrada dessas substâncias nas células.

 

No entanto, a publicação falha ao sugerir que evitar álcool e tabaco é suficiente para evitar o cancro oral. Existem ainda outros fatores como a infeção pelo vírus do papiloma humano (HPV), a má higiene oral, uma alimentação desequilibrada com falta de frutas e vegetais e até a predisposição genética, também desempenham papeis significativos para o desenvolvimento desta doença. Além disso, o cancro oral pode surgir em pessoas que nunca fumaram ou consumiram álcool, embora a probabilidade seja menor.

O risco que o álcool oferece para originar cancro oral depende da duração, da frequência, da concentração e da associação com outros agentes carcinogénicos, refere o artigo "Alcoolismo, cigarro e saúde bucal”, Rede Câncer. Os indivíduos que consomem diariamente mais de seis doses de bebida com elevado teor de álcool apresentam probabilidade dez vezes maior de desenvolver cancro oral, quando comparados com os que não bebem, como referido no artigo.

 

A afirmação de que "90% dos casos de cancro oral estão ligados ao consumo de álcool e tabaco" é PARCIALMENTE VERDADEIRA. Embora esses sejam, de facto, os fatores de risco predominantes, outros elementos podem contribuir para o desenvolvimento da doença. Reduzir esses hábitos é crucial para a prevenção, mas não garante imunidade.

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